Professora é perseguida em Santa Catarina

A diretoria do Sinasefe Litoral vem expressar sua solidariedade à professora Marlene de Fáveri, do curso de História da Universidade do Estado de Santa catarina (UDESC), que vem sofrendo acusações de uma ex-aluna por fazer “propaganda” feminista ao ministrar um curso que tem justamente o feminismo como temática. Segundo a aluna, que move processo judicial contra a professora, ela teria sido constrangida, enquanto “cristã e antifeminista”, pelas matérias apresentadas e discutida nas aulas.

Os argumentos apresentados pela ex-aluna estão embasados nas ideias defendidas pelo movimento Escola Sem Partido, que acusa professores de fazerem “doutrinação” em sala de aula. Este caso se soma a outros que evidenciam a falácia das ideias defendidas pelo Escola Sem Partido, que pretende impedir que os professores abordem em suas aulas quaisquer temas que considerem contrários à ideologia que defendem, acusando-os exatamente de fazerem propaganda ideológica.

Entendemos que esse movimento pretende impor uma escola amordaçada e sem espaço para o pensamento crítico. Embora Marlene seja reconhecida por seus pares como pesquisadora e professora, vem sofrendo retaliações por abordar em um curso conteúdo pertinente à própria temática do curso.

O Sinasefe Litoral se coloca frontalmente contra a mordaça nas escolas, defendendo uma escola crítica e democrática, em que o conhecimento seja produzido a partir do debate amplo e da liberdade de expressão. Por isso, declaramos nossa total solidariedade à professora e demais colegas que estejam sendo atacados no exercício de suas funções de docentes.

Camboriú, 31 de março de 2017

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